Moreirense - Benfica: "A Bola"
Dado que a minha vida académica não me deixou ir a Guimarães (mais um argumento para eu voltar a pensar na mudança do título deste blog para “Diário de um Adepto”), a crónica do jogo de sábado será sobre outro acontecimento de sábado: os 60 anos d`”A Bola”.
Hoje não compro jornais desportivos. Não só por poder lê-los online, mas porque a minha confiança nos jornalistas é quase nula. Mas a minha relação com “A Bola” é diferente.
Aprendi a ler com este jornal. Lembro-me de que me levantava mais cedo aos fins de semana e lá ia eu ao quiosque perto de minha casa comprar “A Bola” ainda no formato antigo e voltava a lê-la (imaginem um miúdo a ler “A Bola” em formato antigo…) sem olhar para a estrada e a correr o risco de ser atropelado na única rua que tinha que atravessar. “A Bola” só saía aos fins de semana, segunda e quinta (porque as jornadas europeias eram só às quartas) e nesses dias adorava ficar a ler aquilo com o meu Pai, e passava horas a chatear o coitado para ele me explicar o que é que “esta palavra“queria dizer.
Lembro-me bastante bem de quando saiu a primeira edição a cores e de quando o formato mudou. Se a primeira mudança não me chateou muito, a segunda foi um tiro no coração. Eu adorava aquele jornal enorme que sempre tinha sido maior do que eu. Lembro-me de o ler no chão porque era a única maneira de não o amarfanhar todo. Mal percebi eu que essa mudança foi só mais uma na caminhada para o podre futebol moderno dos dias de hoje.
E assim como cresci com o Benfica, lembro-me de crescer com “A Bola” que ia comprar religiosamente para dar ao meu Pai enquanto ele ainda dormia (aos fins de semana) ou para quando ele estivesse a voltar do trabalho. Foi n` ”A Bola” que eu li que o Paulo Sousa tinha saído para os lagartos e foi “A Bola” que eu comprei depois de darmos meia dúzia em Alvalade.
Lembro-me muito bem de usar “A Bola” para quando jogava Subutteo saber os onzes titulares de todas as equipas.
Quando no sábado, me levantei mais cedo e fui para o café estudar, tive um “flash”e comprei o velho jornal. Nem sabia que fazia 60 anos. Li a (fabulosa) entrevista a José Mourinho e apercebi-me que se há recordação que eu tenho do Futebol Paixão (como tão bem descreve o G. na zine dos Diabos) é este jornal. São as crónicas do Duda Guenes e o “Barba e Cabelo”. Tenho é pena que este veículo anti-fascista pré-25 de Abril não seja agora também um veículo anti-Futebol Moderno. Até porque os seus fundadores são mitos do Futebol português, e a bola que está atrás do “A” de “A Bola” é hoje, para nós, Adeptos, um símbolo contra o futebol moderno.
Hoje não compro jornais desportivos. Não só por poder lê-los online, mas porque a minha confiança nos jornalistas é quase nula. Mas a minha relação com “A Bola” é diferente.
Aprendi a ler com este jornal. Lembro-me de que me levantava mais cedo aos fins de semana e lá ia eu ao quiosque perto de minha casa comprar “A Bola” ainda no formato antigo e voltava a lê-la (imaginem um miúdo a ler “A Bola” em formato antigo…) sem olhar para a estrada e a correr o risco de ser atropelado na única rua que tinha que atravessar. “A Bola” só saía aos fins de semana, segunda e quinta (porque as jornadas europeias eram só às quartas) e nesses dias adorava ficar a ler aquilo com o meu Pai, e passava horas a chatear o coitado para ele me explicar o que é que “esta palavra“queria dizer.
Lembro-me bastante bem de quando saiu a primeira edição a cores e de quando o formato mudou. Se a primeira mudança não me chateou muito, a segunda foi um tiro no coração. Eu adorava aquele jornal enorme que sempre tinha sido maior do que eu. Lembro-me de o ler no chão porque era a única maneira de não o amarfanhar todo. Mal percebi eu que essa mudança foi só mais uma na caminhada para o podre futebol moderno dos dias de hoje.
E assim como cresci com o Benfica, lembro-me de crescer com “A Bola” que ia comprar religiosamente para dar ao meu Pai enquanto ele ainda dormia (aos fins de semana) ou para quando ele estivesse a voltar do trabalho. Foi n` ”A Bola” que eu li que o Paulo Sousa tinha saído para os lagartos e foi “A Bola” que eu comprei depois de darmos meia dúzia em Alvalade.
Lembro-me muito bem de usar “A Bola” para quando jogava Subutteo saber os onzes titulares de todas as equipas.
Quando no sábado, me levantei mais cedo e fui para o café estudar, tive um “flash”e comprei o velho jornal. Nem sabia que fazia 60 anos. Li a (fabulosa) entrevista a José Mourinho e apercebi-me que se há recordação que eu tenho do Futebol Paixão (como tão bem descreve o G. na zine dos Diabos) é este jornal. São as crónicas do Duda Guenes e o “Barba e Cabelo”. Tenho é pena que este veículo anti-fascista pré-25 de Abril não seja agora também um veículo anti-Futebol Moderno. Até porque os seus fundadores são mitos do Futebol português, e a bola que está atrás do “A” de “A Bola” é hoje, para nós, Adeptos, um símbolo contra o futebol moderno.