Friday, February 22, 2008

Nuremberga (+ Luís Filipe) - Benfica: Para burro só lhe faltam as asas

Atentem aqui que aquele atrasado mental, aquele monte de merda (escrever esta crónica sem palavrões é-me impossível) que veste a camisola 2, OLHA para o adversário antes de fazer aquela borrada que entrou para a história do clube. O homem OLHA! Ele VÊ que tem um adversário atrás (atentem no lance e fixem-se nele e verão como ele vira a cabeça para verificar) e vira-se na mesma para aquele lado.
Rojas e Dudic são memórias praticamente gloriosas junto a este homem. A camisola pesa-lhe toneladas e toneladas e apesar daquele olhar tão pouco inteligente, ele já percebeu que há quem se proponha a pagar quotas extra como garantia que ele nunca mais joga. Os comentadores chamaram ao lado direito "mina", "via verde", chegaram a dizer que ninguém o ajudava, mas não há que enganar: o homem não é rápido, não sabe cruzar, não sabe passar a bola, não se sabe colocar, é péssimo no um para um e, cúmulo!, depois de verificar que tem um adversário atrás, dá-lhe a bola. Rua com ele, por favor. Rua, rua, rua. Já. Ou vendam-no para a Grécia. Eu é que já não o aguento. Chega. O Benfica não pode ter um gajo como este no plantel, muito menos no onze.
Para burro só lhe faltam as asas.
(E de repente lembro-me que foi o primeiro jogador a marcar no estádio verde. Não há coincidências.)

Monday, February 18, 2008

Naval - Benfica: the eternal sunshine of the spotless mind

The eternal sunshine of the spotless mind é daqueles filmes que me apanhou de surpresa. Estava com boas expectativas, mas superou-as. The eternal sunshine of the spotless mind é um filme sobre se vale a pena arriscar o amor. Passaríamos nós por uma relação outra vez se a mesma foi espectacular, mas acaba mal?
É um filme bonito e triste. No fundo, sabemos que apesar de Jim Carrey e Kate Winslet acabarem a rir, porque querem apostar tudo outra vez, sabemos que a coisa vai correr mal.
Quando Rui Costa entrou no jogo da Figueira e fez aquele passe para o Nuno Assis, foi entrar no filme. Jim Carrey (Joel) namorou com Kate Winslet (Clementine). Acabaram e através de uma invenção estilo ficção científica, conseguem ambos esquecer a sua relação. Mas, por mecanismos inconscientes, Joel tem resquícios da relação na sua memória e desata o filme.
Quando vi o passe do número 10, foi como se regressasse à minha relação com o Benfica. Com o meu Benfica. Foi um resquício daquilo que eu já tive, daquilo que eu já vi, do Benfica pelo qual, como dizia o F., me apaixonei. Um Benfica que, por ficção científica ou realidade demasiado violenta, se foi embora.
Rui Costa, sem precisar de se mexer, é muito melhor da merda que lá anda (Luís Filipe ultrapassa o desespero). E aquele passe, porra, eu já tinha visto aquilo, eu afinal não sou louco quando exijo um Benfica diferente, um Benfica com um plantel com qualidade e que iluda, que faça sonhar.
No meio deste tédio insuportável, da falta de ideias e organização, vale-nos Rui, the eternal sunshine of the spotless mind.

Thursday, February 14, 2008

Doença e treinadores

Percebi ontem que não tenho recuperação possível ou imaginária. Não há volta a dar, sou demasiado doente pelo Benfica. Apesar do meu pessimismo crónico, de conseguir somar 2 e 2 e dizer que a equipa está uma lástima, percebi que há coisas que me superam.
A auscultar uma doente, plenamente concentrado (juro!), ocorreu-me de repente e sem pedir licença, que com o Makukula e o Cardozo na frente é obrigatório que o Binya jogue a defesa direito (tirando definitivamente o Luís Filipe do onze) para que os lançamentos sejam todos perigosos. E pronto, depois continuei a ver a doente.
Li que Peseiro pode vir para o Benfica. Tudo bem que o homem tem currículo e já nos deu alegrias inesquecíveis.



Mas há limites. E num clube que vai fazer 3 anos sem ser campeão (e um título não chega para esquecer aquela seca), penso que teríamos que ter um treinador com outra dimensão e que não viesse, como Santos, já completamente queimado.
Isto é mesmo uma doença. À noite lá estarei.

Friday, February 01, 2008

Sobre a Bola de Ouro - visão de um tipo do contra

Eu não aguento o Cristiano Ronaldo. Pronto, já disse. Não o suporto.
Eu sei que o puto é um craque que faz impressão. O golo deste fim de semana é incompreensível. Mas eu sou teimoso e e um velho do Restelo (salve o que eu não gosto dos pastéis). Para mim devia haver uma lei que proibia a entrega de Bolas de Ouro a jogadores da Premier League. Eu sei que o futebol é engraçado de se ver, que é rápido e há grandes golos, mas aquilo soa-me sempre a falso. Fora Liverpool e o Chelsea (o de Mourinho, este, sinceramente, não tenho visto) ninguém defende. Não me lixem, ninguém defende a sério.
Lembro-me do último Milan - Man Utd para as meias da Champions. Fui ver a um centro comercial com sporttv e estava um fanático do Cristiano Ronaldo ao meu lado. Daqueles lagartos anormais que fazia "vrrrummmm" quando ele pegava na bola. Eu, doente, contorcia-me. Não me aguentei e quando Kaká pegou na bola larguei um cínico: "Lá vai o melhor do mundo". O lagarto pegou-se e chamou-me estúpido. O Kaká enfiou duas batatas e enfiou-lhe o estúpido num sítio que eu cá sei. Durante todo o jogo, Gattuso moveu uma marcação impiedosa a CR e cada vez que lhe roubava a bola eu fazia "vrrrummm" enquanto me ria.
Fui para casa satisfeito e meti "Cristiano Ronaldo misses next match" no nick do Messenger só para chatear.
Eu não suporto estas parolices. É-me fácil admitir que hoje ninguém está em melhor forma e que o golo de livre é à Eusébio. Mas ser Bola de Ouro é mais que ser o melhor marcador na Premier League. É decidir quando a coisa é a sério (leia-se Champions e Europeu). Coisa que o Cristiano nunca fez. Os Bolas de Ouro decidem os jogos a sério, não os contra o Portmouth e contra o Reading.
Como tipo do contra, como mula teimosa Trapattonista, só dou o braço a torcer se o miúdo assim o fizer. E tenho a secreta esperança que este é dos poucos anos em que o português vai na pole position. Basta ver Pato no Milan para sentirmos que há já outro espectro Kaká-milanizado a rondar o prémio individual mais desejado. Se há coisa que me faria vomitar era ver Sócrates a dar os parabéns a Cristiano Ronaldo com o aval de todos os fãs da Selecção e do ceportém.
A Bola de Ouro não pode ser para gajos com penteados daqueles. Muito obrigado, Kaká.