"Vocês não sabem o que perdem."
Do 7º jogo da final da NBA ao 2º jogo da final do campeonato de futsal, vai uma importância enorme.
No primeiro caso estão envolvidas somas monetárias incríveis, sendo os maiores torcedores de parte a parte os patrocinadores respectivos. Ganharam os Spurs. Podiam ter ganho os Pistons que o meu espírito não se mexia uma palha (eu até gosto mais dos Pistons, por causa da célebre equipa de "Bad Boys" com Rodman incluído). Quanto à final do futsal: o que dizer de uma final que se decide entre rivais citadinos, onde o barulho no pavilhão é explosivo e onde os golos foram festejados como se da equipa de onze se tratasse?
A grande diferença entre as finais da NBA e do futsal é a nossa cultura "futebolística". É-me inaceitável que os Pistons tenham jogado fora sem uma invasão dos seus fãs. É-me inacreditável que os vencedores não tenham invadido a cidade numa festa louca até às tantas (não há palavras para a nossa festa, mas o mesmo dirão os adeptos do Chelsea e Barça). Afinal, o que é que se passa com aquela gente?
Dir-me-ão que o desporto deles é mais justo, mais equilibrado, que há "fair-play", etc. E então?E a paixão? E o ódio a uma equipa rival? E um derby? E um "sector ospiti"?
Os americanos nunca perceberão o futebol. Vão sempre vê-lo como mais um desporto onde se come batatas fritas e se bebe coca-cola na bancada. Vão sempre vê-lo como mais um desporto onde os clubes podem mudar de cidade.
Pobres coitados. Há uma história fabulosa de Jorge Valdano (nos seus espectaculares "Cuardenos de Valdano"), também a propósito da cultura desportiva americana (jogos olímpicos de 96 se a memória não me trai) em que há uma sepultura de um adepto do Nápoles que tem escrito: "Taça UEFA e dois Campeonatos. Vocês não sabem o que perderam" num recado espectacular a todos os vivos que não viram essa conquista. Valdano remata a crónica em grande estilo, dizendo aos americanos: "Vocês não sabem o que perdem."
E é esse também o meu recado aos americanos. Quem vos dera festejar os golos da final de futsal como eu festejei. A paixão, a entrega, os emblemas, os jogadores míticos, as bancadas a cantar, os sócios que parece que sempre viveram na sua cadeira no estádio... Quem vos dera saber o que é isto.
"Vocês não sabem o que perdem. "
No primeiro caso estão envolvidas somas monetárias incríveis, sendo os maiores torcedores de parte a parte os patrocinadores respectivos. Ganharam os Spurs. Podiam ter ganho os Pistons que o meu espírito não se mexia uma palha (eu até gosto mais dos Pistons, por causa da célebre equipa de "Bad Boys" com Rodman incluído). Quanto à final do futsal: o que dizer de uma final que se decide entre rivais citadinos, onde o barulho no pavilhão é explosivo e onde os golos foram festejados como se da equipa de onze se tratasse?
A grande diferença entre as finais da NBA e do futsal é a nossa cultura "futebolística". É-me inaceitável que os Pistons tenham jogado fora sem uma invasão dos seus fãs. É-me inacreditável que os vencedores não tenham invadido a cidade numa festa louca até às tantas (não há palavras para a nossa festa, mas o mesmo dirão os adeptos do Chelsea e Barça). Afinal, o que é que se passa com aquela gente?
Dir-me-ão que o desporto deles é mais justo, mais equilibrado, que há "fair-play", etc. E então?E a paixão? E o ódio a uma equipa rival? E um derby? E um "sector ospiti"?
Os americanos nunca perceberão o futebol. Vão sempre vê-lo como mais um desporto onde se come batatas fritas e se bebe coca-cola na bancada. Vão sempre vê-lo como mais um desporto onde os clubes podem mudar de cidade.
Pobres coitados. Há uma história fabulosa de Jorge Valdano (nos seus espectaculares "Cuardenos de Valdano"), também a propósito da cultura desportiva americana (jogos olímpicos de 96 se a memória não me trai) em que há uma sepultura de um adepto do Nápoles que tem escrito: "Taça UEFA e dois Campeonatos. Vocês não sabem o que perderam" num recado espectacular a todos os vivos que não viram essa conquista. Valdano remata a crónica em grande estilo, dizendo aos americanos: "Vocês não sabem o que perdem."
E é esse também o meu recado aos americanos. Quem vos dera festejar os golos da final de futsal como eu festejei. A paixão, a entrega, os emblemas, os jogadores míticos, as bancadas a cantar, os sócios que parece que sempre viveram na sua cadeira no estádio... Quem vos dera saber o que é isto.
"Vocês não sabem o que perdem. "