Monday, November 29, 2004

Benfica - D.Zagreb / União de Leiria - Benfica: descubra as diferenças!

Devido ao pequeno atraso com a crónica de quinta feira e com os acontecimentos de ontem, surgiu-me este pequeno comentário em relação aos dois jogos (tentarei, assim que puder, escrever uma crónica sobre o jogo da UEFA e o de ontem):
Na quinta feira vieram 100/150 Ultras de Zagreb a Portugal. Cantaram o jogo inteiro, dignificaram o emblema que amam, e mostraram uma garra que me impressionou bastante. Os jogadores do emblema croata pelos vistos também e agradeceram todos o apoio incondicional dos adeptos.
Ontem, em Leiria, morreu um adepto do SL Benfica. Como não é uma "estrela" que tem o privilégio de vestir a camisola da águia, não teve as homenagens de Miki Fehér. Mas as "estrelas" que seriam eternizadas caso lhes acontecesse o que se passou ontem ao infeliz adepto não conseguiram sequer ir ver o que se passava. Nada, rigorosamente nada. A ambulância e o aparato nas bancadas pura e simplesmente não lhes chamou a atenção. Estavam demasiado ocupados a envergonhar o nosso emblema, o emblema do senhor que morreu.
Citando o blog Terceiro Anel: "São tristes."
Agora, descubram as diferenças entre o respeito croata e o nojo que os "nossos" (meto aspas porque NOSSO só o emblema) merecem.


Wednesday, November 24, 2004

Uma conversa

Normalmente, tenho alguma dificuldade em variar os temas deste blog que são excepção às crónicas dos jogos.
Hoje, veio ter comigo um post que penso que é interessante.
No caminho para casa vi, a uns metros, um grupo de 7 gajos (3 louros, salvo erro) com fatos de treino azuis. Pensei imediatamente que eram jogadores do D.Zagreb, aproximei-me e verifiquei o facto.
Meti então conversa, disse-lhes que era um "Benfica`s supporter", mandei-lhes só a boca que amanhã iam perder e já estava numa de seguir caminho. Qual é o meu espanto quando um deles - que falava bastante melhor inglês do que os outros - mete converesa comigo e pergunta-me por Tomo Sokota e pela fama dele por cá. Respondi-lhe que sabíamos da história dele do "Always hate Split" (história à qual os olhos dele responderam com um brilho autêntico e orgulhoso...), mas que por cá o Sokota ainda não se tinha imposto como nós acreditamos que ele se pode impôr.
Porém, o grande choque veio quando ele me pergunta...pelos NN e pela Torcida Split. Fiquei parvo. Estava a falar com um jogador de futebol que pelos vistos não só adorava a equipa em que jogava (ou então eu sou um ingénuo e aquele olhar não significava tanto assim), mas como sabia algo sobre grupos de apoio. Lá conversámos mais um bocado, sobre o famigerado Hadjuk - Benfica e a morte do mítico Gullit, sobre quantos adeptos do Dínamo vinham (mil segundo ele) e sobre se ele estava a gostar de Lisboa.
Fui-me embora rejuvenescido. Afinal ainda há jogadores que amam o jogo, o emblema e que respeitam os adeptos ao ponto de os conhecerem. O futebol (o autêntico, não o "calcio moderno")é lindo, não é?

Tuesday, November 23, 2004

Benfica - Rio Ave: (Há algum título possível para tanta irritação?)

"Nós cumprimos o nosso dever... Cumpram o vosso: Lutem por quem vos apoia!!"

Terão os jogadores uma memória tão má que não se lembrem da frase? Precisarão os jogadores de frases destas para jogar à bola? Será que eles querem ser campeões ou isso é-lhes perfeitamente indiferente?

Depois de um sábado perfeito, depois de começarem a ganhar na primeira jogada, depois de estarem a ganhar 3-1, depois de terem levado o 3-2 e o público na Luz continuar a puxar... O que é que era mais preciso para ganhar? Terão os Ultras que entrar em campo para defender a nossa baliza?
A discussão é velha: não é razoável exigir 100% de vitórias. Eu até admitia perder o jogo de domingo, desde que os jogadores tivessem corrido. Ninguém os criticou depois do 4-3 em San Siro, ninguém os criticou depois da derrota com o Olegário, mas o que se passou no domingo enerva qualquer morto.
Na oportunidade perfeita de cavar distância para os eternos rivais, os jogadores que têm o privilégio de vestir aquela camisola decidiram actuar como se estivessem num treino, impacientes por sair dali (concerteza tinham coisas mais interessantes para fazer do que honrar a camisola do Benfica...), e com um ar de frete impressionante. No fundo, estavam a fazer-nos um favor. Pagam-se milhões aos meninos para eles nos fazerem um favor, que é estar ali, com milhares de pessoas a apoiá-los, a jogarem futebol (actividade que quase se pode comparar - em termos de aborrecimento - a ser empregado de escritório) com a camisola de um clube que é só o que mais títulos nacionais (Taças+Campeonatos) tem...em todo o Mundo.
O meu muito obrigado aos senhores jogadores por terem aguentado os 90 minutos em campo (com descontos e tudo!) sem terem saído, dado o tamanho incómodo e desconforto que o dito jogo lhes estava a causar. (Ler com entoação muuuuuuuito irónica)

Na quinta, lá estaremos para vos apoiar e ajudar-vos nessa tão custosa tarefa, que é jogar futebol. Se puderem, agradecia que se preocupassem um bocado mais com que está em jogo. Mas só um bocado, que é para não sairem do jogo cansados.


PS - Obviamente, houve jogadores que correram. Mas a letargia geral não é, de todo, tolerável.

Friday, November 19, 2004

Eu, anti-Figo, me confesso....

Não suporto o Figo. Detesto-o mesmo.
Primeiro porque sempre apagou o meu/nosso Rui Costa, sendo sempre - incompreensivelmente - considerado melhor que o mágico 10. O exemplo mais rídiculo de sempre é o Portugal - Inglaterra do Euro2000 em que Figo faz um golo DE MERDA - é preciso ser um idiota chapado para não ver que se a bola não tivesse batido na perna do Tony Adams era um lance onde Portugal inteiro gritaria: "Mas tu és burro ou quê?" - e o Riu Costa pura e simplesmente faz um jogo lindo a controlar o meio campo, com duas assistências incluídas, e em que toda a imprensa portuguesa se babou com o número 7.
Atenção, não nego que Figo tenha sido um grandíssimo jogador, mas como li algures: "Quem gosta de futebol prefere o Figo. Quem percebe de futebol prefere o Rui Costa." Mas adiante que esta não é a razão principal.
A razão mor que me leva a detestar Luís Figo é este ser o símbolo de todos os mercenários. O maior de sempre.
Eu nem gosto do FC Bar$a. Nada mesmo. Mas o que Luís Figo fez é o futebol moderno no seu melhor. Um símbolo de um clube que se transfere para o maior rival. Assim, como se nada fosse.
Figo festejava os golos contra o Madrid como...Totti festeja contra a Lazio. Figo gritou, para uma multidão em delírio, em cima da varanda da Câmara Municipal de Barcelona: "Blancos llorones, saluden los campeones!". Figo foi - corrijam-me se estiver enganado - o primeiro capitão não-catalão do clube. Figo era Deus em Barcelona. Nessa altura, tinha-lhe o respeito que tenho a todos os jogadores que jogam com amor à camisola.
Mas Figo, afinal, é o pior dos mercenários. Sair do clube era mau, mas tolerável. Seria sempre bem recebido em Barcelona. Hoje, as ramblas são, para o "pesetero", um sonho.
Não argumentem que ele é profissional. Um jogador de futebol tem que saber e perceber que o jogo e os adeptos não se compadecem com a mercantilização que nos é imposta à força. Se Figo tivesse saído da Pepsi para a Coca-Cola ninguém lhe levaria a mal, porque na Pepsi ninguém usava a sua camisola nem ninguém cantava o seu nome... O futebol é muito mais do que isso e Figo não o percebeu.

Note-se que teria este ódio a outro jogador qualquer. Figo é o símbolo de todos eles, porque teve a traição mais mediática. Não queria o Jorge Costa no Benfica e se este viesse compreenderia a raiva dos azuis, além de nunca o conseguir identificar com a camisola da águia.

Esperemos que no sábado, em Barcelona, Figo tenha o tratamento que os mercenários como ele merecem. Para que Figo perceba, que nunca vai ter a maior honra de um jogador de futebol: ficar no coração dos adeptos.


Nota: a foto é de uma claque que eu simplesmente detesto...


Thursday, November 18, 2004

Marítimo - Benfica: Ultrà NO TV

Não fui à Madeira.
Ok, comecem as bocas: "Diário de um Utra? Que Ultra?". É merecido. Mas eu não tinha (nem tenho...) dinheiro. A vida de estudante, como é de conhecimento geral, não dá lucro. Por muito Ultra que se seja (e o respeito que eu tenho à palavra "Ultra" é tanto que não me consigo considerar um verdadeiro) dificuldades como esta são impossíveis...
Mas não chegasse já um sentimento de culpa incrível (e incrível porque eu simplesmente não tinha maneira de ir... Porque raio havia de me sentir culpado?), adoeci. Um de fim semana miserável, de cobertor, no sofá, a ver a bola.
Um sábado "futebolístico" que começa com um ataque de nervos quando os comentadores da $portTV afirmam (sem se rirem!) que o lance entre o Paulo Costa e o Nuno não é penalty. Muito bom. Aliás: normal. Fantástica a naturalidade do Vítor Manuel: "O Nuno ainda encolhe as pernas...". Como quem diz: "Ele fez penalty, mas não queria." Ou seja, a partir de agora penalties contra o fecepê só se o Jorge Costa, no seu ar de chorão de quem levou um murro do Weah gritar: "Sr. Olegário fiz penalty com intenção!". Se já estava febril, pior fiquei.
Segue-se o jogo do Mágico na Madeira. Acho que nem o Manuel Serrão gritaria com tanto fervor o golo do Marítimo. O golo do Benfica é praticamente chorado por comentadores que parece que se masturbam sempre que o Marítimo passa do meio-campo. Demasiado irritante. Tirei o som. Fim do jogo. Outro empate fora de casa e nem sabemos como.
Se perder a liderança já é suficientemente mau, o facto de ter visto o jogo na TV aumentou isso para bem pior. Os jogos na TV são qualquer coisa de detestável. Senti-mo-nos aquele adepto de sofá que passamos a vida a criticar (e reparem que ao primeiro jogo no sofá, parece que comprámos um cativo no mesmo...) e fica sempre aquele bichinho a moer-nos ("E se eu tivesse ido? Se calhar ganhávamos..."), como se fossemos os culpados morais da não-vitória Benfiquista.
Resumindo e concluindo: doente, sem dinheiro, com sentimento de culpa por não ter ido à bola, ouvi barbaridades de comentadores e perdemos a liderança. Belo sábado.

(A foto que se segue pretende ser auto-irónica...)


Monday, November 15, 2004

Com a devida vénia: os últimos

Não gosto muito de fazer citações completas de artigos. Sinceramente chateia-me. Acho estúpido ter o meu nome debaixo de uma crónica que me limitei a citar. Mas também há que ter a humildade de saber que às vezes, quando se concorda com tudo o que foi escrito, só nos resta subscrever e bater palmas.
A crónica que se segue encontrei-a pelo fórum dos Diabos. O link não tinha autor (se alguém souber quem foi que o diga), mas deixo-lhe a minha muito singela homenagem com a citação integral de um artigo que faz a vénia aos Ultras (com o "pequeno" defeito de pegar num grupo que se está irremediavelmente a vender e a perder toda e qualquer razão para estar numa crónica como esta) e chora a vitória do Futebol Moderno.
Com a devida vénia:

"Os últimos

Quando cheguei ao Estádio do Dragão, onde assisti ao F.C. Porto-Paris St. Germain, estranhei encontrar um anúncio da cerveja Carlsberg no meu lugar cativo. Como se já não bastasse estar a meio da bancada Vodafone a olhar para a equipa da camisola Revigrés.

Porém, não era esse o problema. O lugar já não me pertencia, explicaram-me os companheiros de desgraça. Tinha sido, tal como outros em volta, disponibilizado pelo clube para os convidados dos patrocinadores da Liga dos Campeões, apesar de ter sido comprado quando o estádio ainda era um esboço de cimento e estar pago até ao final da época. Os stewards encaminhavam-nos para um recanto esconso perto de um topo, lembrando que o director-geral da SAD já nos tinha enviado uma carta a avisar da mudança. Era verdade, mas eu não abrira a minha, convencido de que estavam outra vez a tentar vender-me seguros ou apartamentos.

Naturalmente, houve renitência, discussão. Faz parte da nossa natureza criar apego a um lugar, mesmo que ele não passe de uma cadeira de plástico. No auge da confusão, ocorreu-me então que estava perante um acontecimento exemplar, definidor de um tempo em que velhos adeptos valem menos do que ocasionais convidados de patrocinadores. Veja-se o modo como foram distribuídos os bilhetes para as duas finais europeias, com o bolo a ser oferecido aos parceiros comerciais enquanto os adeptos disputavam as migalhas entre si, de modo degradante. Já aí, em Sevilha e Gelsenkirschen, havia frívolos convidados de patrocinadores a ocupar o lugar de fiéis adeptos.

Em tempos que já lá vão, os clubes eram dos seus associados, ou seja, de quem os amava. Agora, são de quem os patrocina ou se disponha a comprá-los. Foi a isto que nos levou a alucinada mercantilização do futebol, a qual destruiu a natureza e as conotações simbólicas dos clubes. E até Joseph Blatter, depois de a FIFA ter acalentado o monstro, tornando-se ela própria numa agência internacional de negócios, se veio agora queixar. É que o monstro já não ameaça só os alicerces míticos do jogo, é todo um edifício que pode desmoronar-se.

O que vemos nós por aí? Clubes falidos, outros à venda ou a naufragar em passivos galácticos e outros ainda que nascem já como empresas, sem adeptos, como o Algarve United. Num mundo assim, quanto vale a imaculada camisola do Barcelona, sem publicidade, memória gloriosa do velho futebol? Só o futuro dirá quanto terão eles ganho ao não vender por dinheiro nenhum o símbolo máximo do clube.

Quanto aos pobres adeptos, esvaziados de concreção e substância, têm cada vez mais uma configuração folclórica, residual. Transformados em consumidores que também se consomem na combustão comercial, são hoje meros clientes que os clubes tratam com hipócrita deferência mas sem verdadeiro respeito. Porém, e por mais que lhe vendam a nova realidade das SAD, eles não conseguem associá-la aos seus afectos e sentem-se enganados por verem dominar a razão mercantil, que é pagã, sobre o respeito pelo símbolo, que é sagrado. Daí o desconforto de sentirem que todos os dias perdem qualquer coisa mais importante do que um lugar central no estádio.

Mas será que todos os adeptos foram submetidos? Nem pensar. No topo sul do estádio há um grupo de irredutíveis cujo amor não se despedaça contra a muralha tecnocrata. Aí, no seu reduto próprio, de que ninguém ousa dispor, os Superdragões impõem a sua vibrante natureza de adeptos insubmissos. Porém, eles não se limitam a agir durante os jogos, onde nos fazem ouvir até o seu silêncio, também invadem os treinos para oferecer o seu ponto de vista sobre as coisas, negoceiam com os dirigentes as suas quotas de bilhetes e o resto, insultam e ameaçam os jogadores que não deixam a pele em campo.

Podemos criticar os seus excessos, os quais, aliás, têm mais de provocação simbólica do que verdadeira ameaça, mas é preciso reconhecer que são os guardiões de poderes irremediavelmente perdidos. Olhem bem para eles porque são o que resta de uma velha categoria em extinção. Eles são os últimos adeptos."



Tuesday, November 09, 2004

Benfica - Vitória: O festejo do Karadas



Quando Azar Karadas marcou o primeiro golo, eu estava longe de imaginar que ia ficar tão contente. Levantei os braços, gritei aquele "Golo!" rápido e seco, como quem diz "Já está!" e parecia que não ia ter grande entusiasmo.
Para minha surpresa o Karadas sentiu mais o golo do que eu. Convenhamos, não é costume um jogador ficar tão contente com um golo como um adepto. O jogador, estereotipadamente, é um mercenário que só se interessa pelo dinheiro e pela sua carreira. Mas o Karadas, naquele momento, pareceu-me um adepto do Benfica. Falo a sério. Eu, se fosse jogador do Benfica (um sonho que todos tivemos enquanto crianças...), acho que se marcasse um golo festejava assim, como ele festejou. Acho que também saltava, gritava com raiva, me agarrava ao emblema e ia festejar com a curva.
A questão - desenganem-se - não é o Karadas ter festejado com os Diabos e não com os No Name. Não é isso. Não me chateio que um jogador não festeje connosco, mas sim com eles. O que me agrada mesmo é que um jogador sinta a camisola. Encanta-me que ainda existam jogadores que parecem miúdos a festejar os golos no recreio da escola, como se naquele intervalo, com as mochilas a fazer de balizas e a eterna discussão de quem vai à baliza (invariavelmente acaba a ir o "gordo" da turma ou o puto que não tem mesmo jeito nenhum...) se jogasse um derby decisivo para o Campeonato.
A imagem foi tão surpreendente (o pontapé que ele dá na bandeirola de canto, o grito de raiva...) que dei por mim a gritar golo com ele. Aquele "GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOLLLOOOOOO!!!" longo e gigante, cujo eco parece nunca acabar no estádio já algum tempo depois do lance. Grande Karadas. Oxalá festejes sempre assim. E muitas vezes...


PS - Ao escrever no blog gosto de escrever sobre o que me apetecer. Já disse e reafirmo que escrevo porque isto me diverte. Daí que me dê mais gozo escrever sobre o amor que tenho ao meu clube (que acho que se vê em pormenores como este) e sobre a vida de adepto e não sobre quantos estávamos, etc. As críticas são bem-vindas. Um abraço a quem lê isto e Força Mágico Benfica!

Saturday, November 06, 2004

Gil Vicente - Benfica / Estugarda - Benfica: Não gozem connosco...

Às vezes a bola bate na barra no último minuto. A bancada vem abaixo com aquele grito "Goooo...AAHHHHHHHHHH!!!!" O pessoal agarra-se à cabeça, fica irritado com o azar, mas há sempre alguém que grita aquele "Força Benfica!". Até podemos perder e amaldiçoar a má-sorte durante meses (esses lances nunca se esquecem. Ainda hoje acordo a meio da noite a imaginar que o Sokota marca aquela bola no último minuto em Milão...), mas jamais falamos mal de quem mandou a bola à barra.
Em Barcelos e em Estugarda o que se passou foi uma vergonha. Jogadores que ganham milhões não se podem dar ao luxo de não dar o máximo em campo. Alguém acredita que o Gil ou que o Estugarda tenham jogadores com mais técnica e imaginação do que os do Benfica? A pequena grande diferença é que correram, deram o litro, soaram a camisola. E os nossos? A passo, como quem diz: "Epá, que frete. Quem me dera estar noutro sítio qualquer a gozar os milhões que estes papalvos na bancada me ajudam a ganhar...".
Podiam até ter perdido em Barcelos e levado 5 em Estugarda, desde que tivessem honrado a camisola. Só quem nunca viu futebol acha que uma equipa vai ganhar sempre. Mas só quem não ama a sua equipa de futebol permite que esta não lute sempre.
Não nos gozem. Não gozem o nosso emblema. Lembrem-se que têm ao peito o símbolo da vida de muito boa gente.

PS - Se esta coisa do "correr pelos adeptos" não chega, lembrem-se de ao menos correr por vocês mesmos. Para ver se alguém vos compra e se para o vosso lugar vem alguém que honre a camisola.