Wednesday, December 27, 2006

Benfica Vintage II


Wembley, 1963. Eusébio e, a tentar cortar o lance, um tal de Giovanni Trapattoni.

Bom ano!

Porque não tenho tempo para escrever, porque estou cansado de estudar e porque acredito mais nas passas do que nesta equipa, cá vai a lista para ninguém se enganar na passagem de ano. Até estou a pensar escrever e praticar para não me enganar.
Se arranjarem algo melhor para o 12º desejo, deixem o registo nos comentários (pensei descer ainda o Belenenses).


1. Benfica Campeão 2006/2007
2. Benfica vencedor da UEFA
3. Benfica vencedor da Taça de Portugal
4. Pinto da Costa preso
5. fcp na 3ª divisão com menos 35 pontos (já com os perdões da Liga)
6. 7 - 1 no derby da Luz
7. 5 - 0 ao porto na Luz
8. ceportém na segunda divisão, a descer na última jornada
9. Ganhar ao ceportém caso ainda joguemos com eles em 2007 na época 2007/2008
10. Ganhar ao porto caso ainda joguemos com eles em 2007 na época 2007/2008
11. Acabar 2007 à frente do campoenato 2007/2008
12. Paz no mundo, acabar com a fome, essas coisas.


Bom ano para todos!

Tuesday, December 19, 2006

Benfica Vintage I

Saturday, December 16, 2006

Valdano

Jogou com Maradona (ele di-lo de uma forma mais poética, sempre do terreno do jogo - paixão: "Eu joguei com o Michael Jordan. Era gordo e baixinho. Chamávamos-lhe Maradona.") e marcou um golo na final do Campeonato do Mundo. Para felicidade suprema de pessoas como eu, continuou a jogar à bola a escrever.
É mágica a maneira como escreve. Tem aquele toque sul - americano delicioso, um humor refinado e um conhecimento de causa que não permite qualquer ataque. Escreve sobre a essência disto. Escreve bem, simplesmente bem, desenvergonhadamente bem, bem como eu gostava de um dia escrever.
Deixo-vos com o seguinte excerto que saiu hoje n`"A Bola":

A loucura emocionante
Um
duelo entre históricos do futebol argentino como o Boca Juniors-Estudiantes de La Plata (1-2) é uma festa hipnotizante que não pode comparar-se a nenhuma outra. O jogo ainda não começou e parece-me mentira que o espectáculo vá desenrolar-se em baixo quando lá em cima, nas bancadas repletas e ardentes, estão a acontecer tantas coisas. Troncos nus, braços ao céu e um grito que é um canto coral e apaixonado, que nunca pára de animar. E depois corre uma bola e correm os jogadores atrás dela e correm os olhos ansiosos da multidão atrás de bola e dos jogadores... Que simplicidade, não é verdade? Tem o poder de fazer esquecer a pobreza, a frustração, o desespero. Chama-se futebol e não é preciso dizer mais nada.


PS: (esta é à Valdano) Y ademas lançou um tal de Raúl para o mundo do futebol.

Man Utd/ Naval - Benfica: This is the end.

Sem tempo e sem vontade para escrever. Tirando as razoáveis hipóteses de fazer qualquer coisa na Uefa (o que é bem diferente de dizer "já ganhámos"), conseguimos dar cabo de nós próprios antes do Natal na competição mais importante.
Se sobre Manchester há pouco acrescentar ao óbvio não temos cabedal para isto, o que se passou na Figueira foi a sequência lógica do filme do costume: má preparação da época, uma equipa médica que devia ter processos na Ordem e uma série de equívocos que impedem o funcionamento de qualquer projecto.

Lamento ter pouco tempo para escrever, mas estou em exames.

(só para manter as sugestões culturais e justificar o título: ouçam Doors)

Tuesday, December 05, 2006

RTP Memória

Duas cenas favoritas, que adorei repetir:
- Quando eles quase fazem o 2-2.
- O ar de incrédulos no 1-3.

Priceless.

Saturday, December 02, 2006

ceportém - Benfica: A Canção de Lisboa

E há quem diga que nunca foi boa
A canção de Lisboa...

Começa a chover com força no cortejo de volta à Luz, mas não faz mal. Estávamos de alma cheia, purificados. A verdade, enfim, reposta. Nós melhores que eles. Ganhar em alvalade rejuvenesce até um eterno pessimista como eu. As semanas que se seguirão serão marcadas pelos nossos sorrisos calmos e cínicos quando eles começarem a reclamar outro resultado, outro jogo, etc. O Mundo voltou a correr normalmente.
Ontem, já algumas horas depois de ter acordado, pensei pela primeira vez no derby. "Estranho." - pensei. Normalmente durmo mal e ando ansioso. Mas ontem não. O F. telefonou-me de Inglaterra tão pouco nervoso como eu. "Vai ser fácil." - concordámos. E foi.
Há várias coisas a saborear num jogo destes. Primeiro, a deliciosa assobiadela de quando começamos a cantar. Aquela sensação de são eles outra vez. Mas melhor, é quando o sector encarnado continua a cantar, ciente de que - como era patente na concentração na Luz - este era um daqueles dias em que tudo ia correr bem, porque o Mundo é assim mesmo, há coisas que são fatais e irreversíveis: os bebés afinal não vêm das cegonhas, o Paulo Bento não é bom treinador e o Benfica é um clube superior ao ceportém.
Foi natural. Foi uma coisa tão arrumadinha, tão fácil, tão o que tem de ser tem muita força, que quase nem deu gozo (ok, mentira, deu muito gozo). Foi à Trap, honra te seja feita, Engenheiro. Fomos tão cínicos, tão filhos da mãe que até a Velha Raposa deve estar orgulhosa.
O derby é isto: continuamos atrás deles, mas a glória de ganhar é tanta que hoje na rua, quem sorrir é porque é do Benfica e quem não sorrir é deles.
Adoro isto. A sensação de voar nas ruas, de ver que quem comprou desportivos é porque é do Benfica. O Mundo voltou a girar normalmente, com as coisas no sítio certo. A começar por Lisboa.

PS: não resisto à provocação de escrever aquilo que gritei a todos os lagartos que passaram pelo cortejo:
DERBY HOJE, MOSCOVO A MEIO DA SEMANA, JÁ VI ESTE FILME!