Guimarães - Benfica: Miki e o Futebol Moderno
Como já devem ter percebido, uso este blog para escrever sobre o que me der na real gana, tendo sempre o jogo como pano de fundo. Nenhum prazer tiraria de escrever que estiveram presentes "x" Diabos e "y" No Name.
Aproveito então o jogo Guimarães - Benfica, em que tal como o ano passado vencemos ao cair do pano, para falar do caso Fehér e da minha perspectiva sobre o mesmo:
A queda do número 29 no dia 25 de Janeiro foi um momento que poucos esquecerão. Pela forma como vimos como é ténue a linha entre a vida e a morte, e pelo facto de ter sido para a maioria das pessoas (incluo-me no grupo) a primeira vez a que se assiste a uma morte. De repente, todos os clubismos, insultos ao árbitro e demais alienações deixaram de fazer sentido. O choque começa a ser maior se atendermos ao misticismo que tem a profissão de jogador de futebol, já que não há criança saudável neste Mundo que nunca quisesse ter sido jogador da bola. Mas provavelmente, uma ou duas desistiram do sonho, porque viram que os seus heróis também são mortais.
Nestes últimos dias tive o prazer de assistir a aulas de Medicina do Exercício Físico, onde se falou, claro, de Medicina Desportiva (não, não é a mesma coisa) e claro está, do caso Fehér. Acontece que o caso nunca foi muito conclusivo a nível de causa de morte e segundo o médico que nos deu as aulas, a causa não estava - segundo o relatório - no grupo de causas às quais se atribuem uma grandíssima maioria dos casos de morte súbita. Pergunta-se: doping? Quero acreditar que não.
Da negligência que matou Pavão - o jogador tinha uma estenose aórtica, o que, para quem não sabe, hoje daria um linchamento público ao médico de então - podemos ter chegado a um ponto em que os jogadores são obrigados a níveis sobre-humanos. E jogadores que sabem que têm no máximo 10, 15 anos de carreira podem ser levados a cometer loucuras. Mesmo que não se tenha dopado quimicamente (e sublinho de novo que não há provas que tal tenha acontecido, logo tal afirmação não pode ser feita.), Féher e todos os jogadores são sujeitos a esforços físicos que se sabe serem prejudiciais ao corpo humano. O de Féher não aguentou. O Futebol Moderno, na sua industrialização que já fez desabar praticamente todos os valores puros do Verdadeiro Futebol, pode estar a chegar a um ponto criminoso em que até os seus próprios praticantes estão em risco. E assim, cada vez menos miúdos hão-de querer jogar à bola.
Aproveito então o jogo Guimarães - Benfica, em que tal como o ano passado vencemos ao cair do pano, para falar do caso Fehér e da minha perspectiva sobre o mesmo:
A queda do número 29 no dia 25 de Janeiro foi um momento que poucos esquecerão. Pela forma como vimos como é ténue a linha entre a vida e a morte, e pelo facto de ter sido para a maioria das pessoas (incluo-me no grupo) a primeira vez a que se assiste a uma morte. De repente, todos os clubismos, insultos ao árbitro e demais alienações deixaram de fazer sentido. O choque começa a ser maior se atendermos ao misticismo que tem a profissão de jogador de futebol, já que não há criança saudável neste Mundo que nunca quisesse ter sido jogador da bola. Mas provavelmente, uma ou duas desistiram do sonho, porque viram que os seus heróis também são mortais.
Nestes últimos dias tive o prazer de assistir a aulas de Medicina do Exercício Físico, onde se falou, claro, de Medicina Desportiva (não, não é a mesma coisa) e claro está, do caso Fehér. Acontece que o caso nunca foi muito conclusivo a nível de causa de morte e segundo o médico que nos deu as aulas, a causa não estava - segundo o relatório - no grupo de causas às quais se atribuem uma grandíssima maioria dos casos de morte súbita. Pergunta-se: doping? Quero acreditar que não.
Da negligência que matou Pavão - o jogador tinha uma estenose aórtica, o que, para quem não sabe, hoje daria um linchamento público ao médico de então - podemos ter chegado a um ponto em que os jogadores são obrigados a níveis sobre-humanos. E jogadores que sabem que têm no máximo 10, 15 anos de carreira podem ser levados a cometer loucuras. Mesmo que não se tenha dopado quimicamente (e sublinho de novo que não há provas que tal tenha acontecido, logo tal afirmação não pode ser feita.), Féher e todos os jogadores são sujeitos a esforços físicos que se sabe serem prejudiciais ao corpo humano. O de Féher não aguentou. O Futebol Moderno, na sua industrialização que já fez desabar praticamente todos os valores puros do Verdadeiro Futebol, pode estar a chegar a um ponto criminoso em que até os seus próprios praticantes estão em risco. E assim, cada vez menos miúdos hão-de querer jogar à bola.
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