Benfica - tripeiros: ...
Odeio perder com estes bastardos. Odeio.
Um Benfica - porto é um Benfica - porto. É um jogo de amor e ódio, de sofrimento louco, de glória ou tragédia. É a eterna luta entre o Bem e o Mal. Visto deste lado da barricada, nós somos, obviamente, o Bem. Um Benfica - porto é uma cena tão forte como serem vocês ou o vosso maior rival a levarem a rapariga perfeita do liceu para o baile de finalistas (isto visto de uma perspectiva muito americanizada, e logo, forçosamente foleira).
Estes jogos são como um tenso jogo de xadrez. As coisas parece que acontecem muitíssimo devagar: eu aos dez minutos já estava tão rouco e nervoso que cheguei a pensar que faltavam 5 minutos para o intervalo. Tal como num tabuleiro, as peças complicam-se, a bola anda sempre no meio campo, há muitas faltas, cada canto a favor faz a bancada saltar para cabecear uam hipotética bola e cada canto contra deixa-nos apertados como se fossemos meninos a ver um filme de terror.
Odeio-lhes tudo naqueles 90 minutos. Todos temos amigos do outro lado da bancada, familiares e outros colegas que sofrem pelas cores contrárias, mas naquela hora e meia ninguém se lembra disso. É a coisa mais séria do Mundo. O Mundo inteiro está ali. Para mim, naqueles 90 minutos, era-me impossível compreender que podia existir Mundo e gente e vida para lá do Municipal de Coimbra. Não sei se percebem a intensidade da coisa.
Os cânticos e as frases não são simpáticos. Os sinais com os dedos também não. Naquela hora e meia só queremos esmagá-los. É a prova mais fulgurante que o futebol não é uma arte como o cinema ou a música. Nenhuma pessoa normal queria ir ver um concerto em que o maestro não pudesse mexer um braço. Pelo contrário, nós festejámos a lesão de um dos azuis. É como vos digo: o Mundo, num Benfica - porto, tem obrigatoriamente que parar. Tudo o que interessa é aquilo.
Detestei perder. Ainda estou a detestar. Mas é a vida. Tenho a certeza que vou passar noites a acordar a imaginar se o Miguel tivesse passado ao Zahovic em vez de ter chutado de ângulo apertado... Se aquele cabeceamento do Sokota tivesse entrado.... É a vida.
Nem sempre conseguimos convidar a chefe das chear-leaders (é assim que se escreve?) para o baile de finalistas (de volta à pirosice americana). Às vezes não temos a nota que queríamos naquele exame.
Mas isto é muito pior.
É a vida de Ultra. Força rapazes!
Um Benfica - porto é um Benfica - porto. É um jogo de amor e ódio, de sofrimento louco, de glória ou tragédia. É a eterna luta entre o Bem e o Mal. Visto deste lado da barricada, nós somos, obviamente, o Bem. Um Benfica - porto é uma cena tão forte como serem vocês ou o vosso maior rival a levarem a rapariga perfeita do liceu para o baile de finalistas (isto visto de uma perspectiva muito americanizada, e logo, forçosamente foleira).
Estes jogos são como um tenso jogo de xadrez. As coisas parece que acontecem muitíssimo devagar: eu aos dez minutos já estava tão rouco e nervoso que cheguei a pensar que faltavam 5 minutos para o intervalo. Tal como num tabuleiro, as peças complicam-se, a bola anda sempre no meio campo, há muitas faltas, cada canto a favor faz a bancada saltar para cabecear uam hipotética bola e cada canto contra deixa-nos apertados como se fossemos meninos a ver um filme de terror.
Odeio-lhes tudo naqueles 90 minutos. Todos temos amigos do outro lado da bancada, familiares e outros colegas que sofrem pelas cores contrárias, mas naquela hora e meia ninguém se lembra disso. É a coisa mais séria do Mundo. O Mundo inteiro está ali. Para mim, naqueles 90 minutos, era-me impossível compreender que podia existir Mundo e gente e vida para lá do Municipal de Coimbra. Não sei se percebem a intensidade da coisa.
Os cânticos e as frases não são simpáticos. Os sinais com os dedos também não. Naquela hora e meia só queremos esmagá-los. É a prova mais fulgurante que o futebol não é uma arte como o cinema ou a música. Nenhuma pessoa normal queria ir ver um concerto em que o maestro não pudesse mexer um braço. Pelo contrário, nós festejámos a lesão de um dos azuis. É como vos digo: o Mundo, num Benfica - porto, tem obrigatoriamente que parar. Tudo o que interessa é aquilo.
Detestei perder. Ainda estou a detestar. Mas é a vida. Tenho a certeza que vou passar noites a acordar a imaginar se o Miguel tivesse passado ao Zahovic em vez de ter chutado de ângulo apertado... Se aquele cabeceamento do Sokota tivesse entrado.... É a vida.
Nem sempre conseguimos convidar a chefe das chear-leaders (é assim que se escreve?) para o baile de finalistas (de volta à pirosice americana). Às vezes não temos a nota que queríamos naquele exame.
Mas isto é muito pior.
É a vida de Ultra. Força rapazes!
1 Comments:
gostei da analogia aos americanos e um insulto logo de seguida, mas eles são mesmo assim, foleiros!!
De resto paciencia...eles são os maiores!!
Tó Quim Guedes
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